Desemprego, inflação de
alimentos, baixo dinamismo
econômico, o fantasma da
insegurança alimentar e
continuidade da crise
sanitária, são os temas
discutidos na edição de
janeiro do Jornal dos
Economistas (JE), publicado
pelo Corecon-RJ.
Marília Bassetti Marcato, do
IE/UFRJ, ressalta que, do
acesso a saneamento básico à
renda e à moradia adequada,
os números reforçam o
aprofundamento da
vulnerabilidade social, mas
o que ganha destaque na
mídia é o fantasioso
indicador de endividamento
público.
Rosa Maria Marques, da
PUC-SP, prevê que a
realidade que se imporá a
milhões de brasileiros nos
próximos meses é a da alta
contínua do desemprego e do
fim do auxílio emergencial.
Com a elevação dos preços
dos alimentos, a pobreza
passa a revelar seu lado
mais perverso, o da fome.
Adhemar S. Mineiro, da UFFRJ,
acredita que em 2021 a via
crucis social persistirá,
com desemprego elevado,
salários baixos e economia
com pouco dinamismo. O
orçamento apertado limitaria
um aumento do gasto público
que possa impulsionar a
economia. Mas, como na
expressão “política
econômica” o substantivo é a
política, podemos ser
surpreendidos por um aumento
de gastos em 2021 ou 2022.
Marcio Pochmann, da Unicamp,
destaca o cavalo de pau na
economia em 2020, com a
desvalorização cambial e
redução dos juros. A
ampliação do gasto público
preservou a massa de
rendimentos dos
trabalhadores. Se for
descontinuada, as
desigualdades não duráveis
se ampliarão, com fome,
pobreza e desemprego em
grande escala.
Eliane Araújo, da
Universidade Estadual de
Maringá, analisa os impactos
socioeconômicos da reforma
trabalhista, teto de gastos
e auxílio emergencial. Com o
fim do auxílio,
inviabilizado pelo teto de
gastos, cabe discutir
políticas de renda para o
século XXI que permitam
aumentar o bem-estar dos
brasileiros.
Fora do bloco temático,
Williams Gonçalves, da Uerj
e Escola de Guerra Naval,
avalia que a política
externa de Bolsonaro de
servidão voluntária aos EUA
pôs gratuitamente abaixo
todo o patrimônio acumulado
pela diplomacia brasileira,
sem contrapartidas. A
parceria estratégica com a
China transformou-se numa
reles dependência econômica
de tipo colonial.
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