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Contraproposta para o AJT

VÍNCULO 1459 – Depois da live de segunda-feira (13), abriu-se uma pequena janela de negociação com a Administração sobre o Acordo de Jornada de Trabalho (AJT) no BNDES.

Inicialmente, parecia que a Administração iria fazer uma nova proposta, mas acabaram recuando do recuo. Decidiram que estão apenas dispostos a receber uma contraproposta.

Isso é uma novidade, um pequeno avanço. No dia 13, quando divulgamos nossa contraproposta, a reação da Administração foi dizer que não era necessário marcar uma nova mesa de negociação, porque eles não aceitariam aquela contraproposta. A proposta deles era a final.

A partir da terça-feira (14), graças à nossa live, graças à intervenção dos superintendentes, abriu-se alguma perspectiva de negociação. Os superintendentes estão muito apreensivos. E não é para menos. Estamos diante de um caos organizativo. Uma mudança organizacional profunda, com consequências desastrosas para o BNDES e para os empregados.

E qual a motivação?

A Administração não está fazendo isso em nome de um projeto. Se deixarmos de lado as suspeitas de sempre – quais sejam: questões sobre o compromisso real que possuem com a instituição –, é difícil ver algo que não seja autoritarismo ou, pensando com o espírito mais leve, simplesmente birra. Não há dúvida que há algo de pueril nisso tudo. O que é, talvez, verdadeiramente incrível é que não haja por perto nenhum ‘adulto’ que seja ouvido ou tenha coragem de se posicionar.

A nós cabe ter algumas coisas em mente para irmos em frente no meio do caos que nossa geração de empregados jamais experimentou (Vamos combinar que o terror permanente que essa Administração cria equivale a algumas conduções coercitivas).

Em primeiro lugar, temos que manter nosso respeito próprio. Sabemos quem somos. A reputação dos técnicos do BNDES se manteve a despeito de um dos maiores ataques já feitos a uma instituição. Sobrevivemos ao que parecia um massacre da opinião pública. Não podemos abrir mão disso. Queremos respeito. O respeito que empregados organizados merecem numa democracia. Ainda vivemos, e continuaremos a viver, estamos certos, numa democracia.

E somos adultos.

Em segundo lugar, temos que ser realistas e responsáveis com o BNDES.

Nesse sentido, apresentaremos a seguinte contraproposta. Mantemos o segundo item da contraproposta de segunda-feira: renovação do atual AJT por dois anos.

Recuamos, entretanto, no primeiro item da contraproposta. Aceitamos a cláusula apresentada pela Administração com alguns ajustes de redação. A cláusula da forma como está escrita gera duas dúvidas sobre seus termos. Estamos falando do 90-90 (90 dias e 90% de retorno). O que querem dizer exatamente? Na nossa contraproposta tentamos simplesmente precisar essas definições tendo em vista as explicações que o RH nos forneceu e as dúvidas que os empregados tiveram e que foram respondidas pelos superintendentes.

Definimos que os 90 dias passam a contar da primeira vez que houver o retorno ao regime presencial (ou seja, estamos deixando claro o que ocorre se tivermos uma deterioração das condições da pandemia após uma ‘normalização’, como já aconteceu em outros países).

Definimos que os 90% de empregados “retornados” excluem os que tiverem condições de optar para continuar no trabalho remoto (não queremos que a decisão desses colegas seja influenciada pela pressão em estabelecer a referência para a contagem do prazo do AJT).

Esperamos que essas explicações para todos os empregados do BNDES deem conforto à Administração a respeito do nosso compromisso. Lembramos que outra coisa que prezamos muito é nossa honra. Nunca adotamos condutas estapafúrdias ou inidôneas. Essa Administração não pode nos acusar jamais ter deixado de cumprir o que foi acordado ou mesmo de voltar atrás no que concordamos.

A Administração poderia ter nos enviado uma nova proposta para aprovação. Preferiram receber uma contraproposta nossa. Esperamos que compreendam que não podemos fazer nossa uma proposta que consideramos demasiadamente imprecisa. Estamos aqui, repetimos, apenas fixando nosso entendimento, depois de várias explicações, do que a proposta da Administração contém sobre trabalho híbrido.

Continuamos achando que essa cláusula não faz sentido. O período para a formulação da proposta deveria ser fixado dentro do prazo que a Administração acredita que precisa para formular a proposta! (É incrível que tenhamos que explicar isso!). Achamos que deveríamos estar incluindo o termo “proposta” e não “estudo” na cláusula.

Não propomos nada de novo substantivamente. O esforço foi apenas contribuir para fixar menos ambiguamente a cláusula proposta pela Administração.

Divulgaremos em breve a formulação final.

Nossa expectativa é que a contraproposta seja aceita e possamos todos votar na próxima semana pela aprovação do AJT.

Associação dos
Funcionários do BNDES

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