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Trabalhadores de empresas públicas e estatais protestam contra CGPAR 42

Resolução repete os termos da CGPAR 23, que foi sustada no Congresso Nacional, em 2021, por impactar negativamente os planos de saúde dos empregados

VÍNCULO 1571 – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversos sindicatos de trabalhadores de empresas públicas e estatais fizeram ato público em Brasília na manhã de ontem (29), em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação no Serviço Público, para exigir, do governo, a revogação da Resolução 42/2022 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), instituída durante o governo Bolsonaro. O protesto foi realizado por não ter havido avanços na negociação ocorrida na quinta-feira (23) entre representantes dos trabalhadores e a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) do Ministério da Economia.

O protesto conquistou avanços na negociação com o governo. Representantes dos trabalhadores e os deputados federais Reimont (PT-RJ), Glauber Braga (Psol-RJ) e Jandira Feghali (PcdoB-RJ) foram recebidos pela Secretária de Coordenação das Empresas Estatais, Elisa Leonel. No encontro ficou acordado um prazo até 1º de março para uma comissão formada por representantes dos trabalhadores e da coordenação de estatais debaterem e formularem uma nova proposta de normativo. A primeira reunião do grupo ficou agendada para 7 de dezembro.

“É fundamental continuarmos mobilizados pela revogação desta CGPAR, que traz tantos prejuízos à classe trabalhadora.  Nós estamos em negociação para renovação do nosso acordo coletivo específico do Saúde Caixa e o que nós estamos vivendo na Caixa é o efeito desta normativa e do desgoverno que nós enfrentamos desde 2016”, destacou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, durante o ato. Ele disse ainda que “apesar de termos derrotado nas urnas esse projeto neoliberal, ainda continuamos sofrendo com os efeitos nefastos dessa política”.

Repeteco da CGPAR 23 – A Resolução CGPAR 42 limita o benefício de assistência à saúde dos funcionários de empresas públicas e estatais; veda a concessão de empréstimos pecuniários aos empregados, a concessão de licença-prêmio e o abono assiduidade; veta a incorporação de gratificação de cargo em comissão ou função gratificada à remuneração do funcionário, entre outros impactos.

A CGPAR 42 praticamente repete os termos da CGPAR 23/2018, sustada em 2021 com a aprovação do PDL 956/18 da deputada federal Erika Kokay (PT/DF). Esta resolução possibilitava às empresas públicas, entre outras questões, reduzir aportes financeiros aos planos de saúde, obrigando os empregados a arcar com custo maior e comprometendo a gestão financeira dos planos. “Trabalhadores de estatais como Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Correios, Banco do Nordeste, BNDES estariam entre os maiores prejudicados, incluindo, sobretudo, os aposentados”, destaca a Anapar, associação de abrangência nacional que representa os participantes das entidades de previdência complementar e os usuários de planos de saúde de autogestão.

Segundo a CUT, o Projeto de Decreto Legislativo (328/2022), aprovado pelo Senado Federal, sustou os efeitos da Resolução 42, editada pelo Ministério da Economia na gestão Paulo Guedes, abrindo espaço para negociações sobre o tema, mas continua impedindo a concessão de vantagens superiores àquelas já concedidas nos instrumentos coletivos firmados anteriormente.

“A modificação, embora tenha representado um avanço para destravar as negociações coletivas anteriores, não atende de forma ampla o pedido de revogação da CGPAR 42, que é o que nós, do movimento sindical, reivindicamos. Além de continuar travando negociações posteriores a sua edição, essa resolução cria diferenças entre novos e antigos funcionários, desrespeitando o princípio da isonomia. Por isso, convocamos o ato de protesto“, explicou Sonia Eymard, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, que participou da reunião com o ministério.

Luta na Câmara – O deputado federal Reimont (PT-RJ), que também participou da reunião no ministério no dia 23, é relator do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 313/22, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que susta os efeitos da Resolução 42 e se encontra em fase de votação na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara Federal.

Reimont (PT-RJ) apresentou, no dia 23, à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, parecer pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 313/2022, que susta os efeitos da Resolução CGPAR nº 42.

Enquete – Vote “concordo” para suspender a CGPAR 42/2022 pelo link abaixo:

https://www.camara.leg.br/enquetes/2333913

Associação dos
Funcionários do BNDES

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