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Banco Central reduz Selic para 11,25% e Contraf cobra mais

VÍNCULO 1580 – O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduziu a Taxa Selic em meio ponto percentual na noite de quarta-feira (31), para 11,25% ao ano, o menor patamar de juros desde março de 2022. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informou o Copom em seu comunicado.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) destacou, em seu site, que a decisão do Copom aconteceu no mesmo dia em que o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apontando que a taxa média anual do índice de desocupação foi de 7,8% em 2023, a menor em nove anos.

“Há uma relação entre a redução da Selic e a queda do desemprego. O aperto monetário implementado pelo Banco Central causou muitos prejuízos às famílias, às empresas e ao Estado, porque aumentou o custo dos créditos, aumentou o endividamento, reduziu o poder de compra da população e o lucro das empresas, além de prejudicar as contas do Estado”, explicou Gustavo Cavarzan, economista do Dieese, lembrando que  a Selic chegou a ficar em 13,75% durante um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023.

“A taxa básica de juros é uma ferramenta que impacta no nível de emprego, positiva ou negativamente, e começou a ser reduzida após meses de intensa pressão nossa, do governo e da sociedade”, observou a presidente da Contraf-CUT e vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.
“Não tem como a Selic prosseguir nesses níveis. Como vamos implementar um projeto de reindustrialização no Brasil, investir na saúde, em obras do PAC, como o Estado irá conseguir somar dinheiro para tantas áreas fundamentais, com os juros acima dos 10%?”, pondera Juvandia. “Os empresários deveriam ser os primeiros a engrossar os protestos contra os juros altos, mas eles seguem omissos”, avaliou.

Em fevereiro de 2023, a Contraf-CUT encaminhou ofício à direção do Banco Central cobrando da entidade ações para favorecer o crescimento econômico no país e o combate ao desemprego. “Na época, destacamos no ofício a Lei Complementar 179, de 24 de fevereiro de 2021, que, em seu § 1º do Art. 1º, dita a garantia do pleno emprego entre as obrigações do Banco Central do Brasil”, pontua o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

“A questão do emprego nunca foi o foco do BC e foi isso que nós exigimos da entidade. As justificativas para definir a Selic, usadas em todos os relatórios que o Copom publica após cada reunião, se resumem ao controle da inflação, quando na verdade outros mecanismos e outros fatores são responsáveis pelo processo inflacionário”, destaca Juvandia.

“O Copom tem espaço para acelerar o corte da taxa básica de juros. As previsões de inflação da própria entidade, para 2024, vem sendo revisadas para baixo”, completa o economista do Dieese, Gustavo Cavarzan.

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