Pular para o conteúdo Vá para o rodapé

Passagem do bastão na Av. Chile

Israel Blajberg – Engenheiro aposentado do BNDES

Vínculo 1530 – Durante 36 anos vivi o sonho benedense. Da minha mesa, entre IPs, Relatórios e Notas para DIRs, SUPs e PRESI, que se sucediam sempre com manifesta urgência, acompanhei a passagem pela linha do tempo de 23 presidentes desta Casa. Alguns infelizmente já nos deixaram, ingressando pelo Portal do Paraíso na Corrente da Vida Eterna, como Marcos Vianna, Sande, Funaro, Modiano, Lessa. Juntamente com tantos outras ilustres personalidades, deram a sua parcela de inteligência e dedicação para esta Casa, onde se ajuda a construir o futuro do país, nunca servindo a um governo, mas ao Estado Nacional, pois, em última análise, nós benedenses trabalhamos para um único cliente, o Povo Brasileiro.

A posse de um novo presidente é sempre um marco de elevado simbolismo. Todos esperam que conduzirá a Nau Benedense a portos seguros, em meio a mares nem sempre tranquilos, tendo em mente os elevados critérios que norteiam a ação desenvolvimentista do Banco, trazendo assim mais Justiça Social para a sofrida e esperançosa gente brasileira, mais emprego, mais saúde, mais educação, como resultado da ação financiadora em prol de empresas, instituições, governos.

O auditório do Banco costuma estar lotado nessas ocasiões, não só pelos funcionários de ontem e de hoje, como também por ilustres autoridades, jornalistas, ministros, políticos, enfim, todos querem ouvir do novo presidente quais os seus planos, quais as novas e modernas ferramentas que pretende introduzir, na certeza de que a cada presidente que assume, o Banco se renova, se estimula, se supera. Nessa ocasião, fica evidente o apreço pela instituição e seu corpo funcional.

No distante ano de 1952, um Presidente da República visionário e sonhador lançou as bases do Brasil moderno. Entre outras iniciativas que passariam à história, apôs sua assinatura na lei que criou o então BNDE. Mal imaginava Getúlio até onde aquela novel instituição chegaria.

Muitas foram as conquistas, graças ao poder catalisador benedense, elencando ideias, arregimentando recursos, desde os primórdios indicando novos rumos, indo muito além da missão de uma simples instituição financeira. Quem jamais imaginaria que um Banco seria fundamental para a criação dos cursos de pós-graduação no Brasil? E que na antiga sede da Rio Branco 53 corações e mentes benedenses contribuíram para que o Brasil implantasse uma moderna infraestrutura econômica: recursos para energia, transporte, siderurgia; que tivéssemos uma Indústria de Base poderosa, que não precisássemos importar bens de consumo nem bens de capital. Naquelas salinhas, as pequenas e médias empresas despertaram para a Economia, ao mesmo tempo em que se incentivou a produção local de Insumos Básicos, a luta para salvar o Meio Ambiente, vencer os choques do petróleo, seguindo-se muitas décadas mais de inovação e engenharia financeira para ajudar a construir uma sociedade melhor. 

O Banco foi crescendo, acompanhando e induzindo o progresso do Brasil até os dias que correm, quando ao adentrar o solo sagrado da Avenida Chile, o novo presidente encontrará uma legião de funcionários, dedicados a instrumentalizar a missão do BNDES. Contadores, cultores do método das partidas dobradas de Lucca Pacciolo, advogados, fazendo ouvir mais alto a voz do Direito, economistas, viabilizando e aplicando na prática as teorias matemáticas, e os engenheiros, pela lógica cartesiana apoiando o rigorismo dos esquadros, sem se deixar ofuscar pelo brilho da tecnologia. E todos eles unidos aos secretários, arquitetos, bibliotecários, psicólogos, e mais um amplo e seleto rosário de especialidades, compondo as engrenagens que põem em marcha a Poderosa Máquina Benedense, instalada na casa que leva o nome honrado de um saudoso colega e brilhante economista, Juvenal Osório Gomes. Desde o cinquentenário do BNDES, em 2002, seu nome gravado em eternas letras de bronze à porta do Edserj, dignifica nossa sede.

Como sempre ocorre nessas ocasiões, o Banco se engalanou para receber o novo presidente, não faltando a presença do Chefe da Nação e seu Vice e Ministro. Que os espíritos superiores possam guiar o ilustre recém-chegado na caminhada que ora se inicia. Consta ser oriundo de descendência militar, embora não tenha se encantado pela farda, mas sim pelas Ciências Econômicas, escolhendo, portanto, caminho diverso do irmão e do finado genitor, este tendo atingido as mais altas hierarquias. Pois quando uma criança nasce, seu destino já foi traçado pelo Grande Arquiteto do Universo, que não seria dar continuidade à herança paterna, como soi acontecer. Assim sendo, possivelmente o Exército perdeu um general, mas o Banco ganhou um presidente. Boas-vindas!  Sucesso na nova jornada que se inicia! 

Associação dos
Funcionários do BNDES

Av. República do Chile, 100 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20031-170

E-mail: afbndes@afbndes.org.br | Telefone: 0800 232 6337

Av. República do Chile 100, subsolo 1, Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20031-917
E-mail: afbndes@afbndes.org.br
Telefone: 0800 232 6337

© 2024. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: AFBNDES

×