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Colegas que partiram

Israel Blajberg – Aposentado do BNDES

Vínculo 1478 – Nesses tempos difíceis da pandemia que assola toda a Humanidade, temos a lamentar frequentes expressões de pesar pela partida de tantos camaradas, o que nos toca profundamente, a cada vez que um querido ou querida colega deixa nosso convívio, alguns prematuramente. Cada um legou a sua marca, a sua contribuição, como uma das milhares de pecinhas da Poderosa Máquina Benedense. Foram anos e anos de convívio, no esforço mútuo de pela engenharia financeira trazer mais progresso à sociedade nacional.

 Aparentemente, não é a terrível pandemia que varre o mundo a maior responsável pela aceleração destes eventos que tanto nos abalam. Na verdade, eram acontecimentos inevitáveis. Somos vítimas da demografia, eis que se repete agora nos grupos de aposentados a lacuna geracional que existiu nos tempos de ativa, pela ausência na época de concursos que recompusessem de maneira constante o corpo funcional.

Assim, embora seja duro constatar, a tendência futura (espera-se que para bem longe) sinaliza a diminuição gradativa do efetivo de aposentados, algo a lamentar, mas que segue a ordem natural das coisas, com o envelhecimento concentrado da massa. Os falecimentos, que deveriam estar escalonados no tempo caso tivessem havido concursos que povoassem o Banco de maneira contínua, tendem, ao contrário, a se concentrar em menores períodos, devido à idade média do grupo que começa a se elevar, ainda que esperado (e desejado) o atingimento de idades relativamente elevadas. Os Planos de Incentivo à Aposentadoria também contribuíram para esse fenômeno, concentrando um grande número de aposentadorias em curto período.

 Alguns anos ainda se passarão até que a massa de aposentados possa contar com a entrada dos colegas hoje na ativa. A tendência, entretanto, é que mais à frente apareçam grupos similares aos nossos, eis que possivelmente se repetirá em tempos de otium cum dignitate as indesejáveis, porém evidentes, brechas que fraturaram o corpo funcional do Banco nos últimos anos em que labutamos naquele solo sagrado da Avenida Chile.

 Esta divisão, que até hoje vem resistindo à passagem do tempo, evidente até agora, é de todo prejudicial sob qualquer aspecto. Quem sabe o passar dos anos venha a contribuir para maior reflexão, tolerância e conhecimento mútuo, o que se espera ainda possa se concretizar.

Enfim, estamos passando mais uma vez pela mesma situação quando as portas do Banco demoraram a se abrir para a necessária renovação. A ocorrência simultânea da pandemia foi apenas uma coincidência que agravou o quadro.

Neste cenário desafiador, vamos continuar trilhando o caminho à frente, com a sensação do dever cumprido, e a esperança de que venham tempos melhores, para o Brasil e para toda a Humanidade. Afinal, construir a esperança foi a nossa missão precípua, no “Banco, Nacional, do Desenvolvimento, Econômico e Social, nessa ordem” – assim ensinou o Grande Juvenal, que empresta seu nome honrado ao nosso Edserj.

Associação dos
Funcionários do BNDES

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