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Comissão de LGBTQIAPN+

Agosto, mês da Visibilidade Lésbica

26 de agosto de 2024 – No calendário da diversidade, agosto é o Mês da Visibilidade Lésbica. A data foi criada com o objetivo de celebrar e visibilizar a existência de mulheres que amam mulheres, como forma de reforçar a luta por igualdade, direitos e inclusão e para enfrentar a lesbofobia e outros preconceitos estruturais que são causa de inúmeras violências contra mulheres lésbicas.

O Mês da Visibilidade Lésbica tem como origem o 1° Seminário Nacional de Lésbicas, em 1996, promovido para chamar a atenção e lembrar a existência da mulher lésbica, as violências sofridas por elas e as pautas que o movimento reivindica. O dia ficou marcado como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto.

Além do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, também tivemos o Dia Nacional do Orgulho Lésbico em 19 de agosto. Esta outra data foi definida após protestos organizados por Rosely Roth, ativista LGBTQIA+, em frente ao Ferro’s Bar, na capital paulista, em 19 de agosto de 1983. O episódio ficou marcado como o “Stonewall brasileiro”. O dia 19 foi escolhido após a morte de Rosely, como forma de lembrar a constante luta da ativista.

O Ferro’s Bar, localizado no Bairro do Bexiga, região central de São Paulo, era muito frequentado por jornalistas, artistas e outros sonhadores, na década de 1960. Já nas décadas seguintes, tornou-se referência para a comunidade lésbica, que na época se organizava coletivamente no Grupo de Ação Lésbico Feminista (GALF).

O espaço era frequentado pelas integrantes do GALF e outras ativistas para encontros, jantares, bate-papos, reuniões, paqueras e distribuição de material produzidos pelo grupo; até o dia em que o machismo e a lesbofobia transbordaram.

Na semana antes da revolta, Rosely Roth, antropóloga e ativista lésbica feminista, criadora do jornal “ChanaComChana“, foi com outras até o bar vender o folhetim, quando foram impedidas de entrar pelo porteiro do local, a mando dos proprietários.

Indignadas com o bloqueio, Rosely Roth, Célia Miliauskas, Elisete Neres, Luiza Granado, Míriam Martinho, Alice de Oliveira, Vanda Frias e outras ativistas articularam um protesto, que aconteceu no dia 19 de agosto de 1983, com a presença de organizações e movimentos de mulheres lésbicas, gays, feministas, parlamentares e a imprensa. Mais de uma centena de pessoas estiveram presentes nessa manifestação e testemunharam o contundente discurso feito por Rosely, em cima de uma mesa no interior do estabelecimento.

O protesto foi tão forte que a presença e a venda do folhetim passaram a ser permitida no Ferro’s Bar, desde então. O boletim de número 04 do ChanaComChana, publicado dias depois do protesto, estampa na Capa “19 de agosto: Uma Vitória contra o preconceito”.

Esta data é sobre respeito e representatividade, sobre luta constante, e sobre celebrar vivências, existências, corpos e amores. Sobre liberdade!

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