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O novo mundo do trabalho em debate no Jornal dos Economistas

VÍNCULO 1605 – Como é o mundo do trabalho pós-fordista? O novo mundo do trabalho é o tema de capa da edição de agosto do Jornal dos Economistas, publicado pelo Corecon-RJ.

Graça Druck e Luiz Filgueiras, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ressaltam que o capital busca negar o assalariamento dos trabalhadores, que passam a ser vistos, inclusive por eles próprios, como empresários de si mesmos, uma forma de precarização do trabalho inédita da economia do conhecimento.

Marcos Dantas, da UFRJ, considera que o regime fordista foi superado pelo de acumulação informacional. “Ainda estamos amarrados a soluções políticas que funcionaram no fordismo, mas não nas novas condições do capitalismo”, afirma.

Gustavo Souto de Noronha, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e Beatriz de Noronha, do HC4US ((Healthcare 4 Us), Califórnia, EUA), afirmam que é crucial que a esquerda recupere o discurso da liberdade, promova o pleno emprego e proponha a regulamentação eficaz, o desenvolvimento tecnológico nacional e a proteção aos trabalhadores.

Marta Skinner, professora universitária, alerta que o capitalismo ultraliberal gera uma legião de sobrantes, vistos como culpados de sua própria pobreza e criminalizados. “Assim se constrói o discurso neofascista”, diz.

Raquel Braga, juíza do Trabalho, destaca que o fetiche tecnológico glamourizado faz o que o capitalismo sempre fez: concentra e explora o trabalho humano, acumula riqueza em poucas mãos e acentua a desigualdade. “O desaparecimento da relação de emprego é uma mitologia ideológica”, destaca.

Ana Paula Colombi e Bruna Rossi, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), enfatizam que o efeito do desenvolvimento tecnológico na periferia do capitalismo parece ser menos a oferta de empregos de qualidade mediante a supressão das tarefas repetitivas e mais o controle massificado de trabalhadores precários.

Adhemar Mineiro, da (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed-RJ), aponta que um conjunto de transformações estruturais, institucionais e tecnológicas desestruturou o mundo do trabalho fordista de meados do século passado.

José Dari Krein, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sentencia que o grande desafio é recolocar a tese de que sem resolver o problema do trabalho será impossível reestruturar a sociedade, com inclusão, coesão e maior equidade.

Antonio Cordeiro, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, acredita que a reforma trabalhista e o trabalho em plataformas digitais são os principais responsáveis pela ampliação do trabalho precário.

Fora do bloco temático, o Jornal dos Economistas inicia a publicação da série de textos “Atualizando o debate sobre dependência econômica”. O primeiro artigo é de Camilla Nogueira, da Ufes.

Para acessar o JE, clique aqui.

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