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Copom mantém juros básicos em 10,5% ao ano

VÍNCULO 1605 – O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu na quarta-feira (31), por unanimidade, manter a taxa Selic – os juros básicos da economia – em 10,5% ao ano.

Na reunião anterior, em junho, o Copom interrompeu o ciclo de cortes de juros iniciado há quase um ano. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa tinha sido cortada em 0,25 ponto percentual.

No comunicado sobre a decisão, a entidade justificou a manutenção da Selic por conta da piora das expectativas da inflação e valorização do dólar frente ao real.

“O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela”, diz a nota.

A decisão, de acordo com o comitê, teve como objetivo consolidar o processo de desinflação. “A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta”, diz.

A decisão do Copom recebeu críticas da Contraf-CUT. “Mais uma vez denunciamos que a entidade está boicotando a economia do país. Primeiro, porque a inflação segue dentro da meta e, segundo, porque a Selic não é o único instrumento para atuar no câmbio. O que de fato estamos colhendo com a Selic elevada são prejuízos à economia do país, porque reflete no aumento dos juros cobrados pelo sistema financeiro. Aumenta os custos para as famílias, para as empresas e para o Estado brasileiro”, alerta a presidente da entidade e vice-presidente da CUT, Juvandia Moreira.

O economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, explica como a Selic impacta no câmbio. “A Selic elevada atrai investidores estrangeiros, porque quanto maior a diferença entre a taxa básica de juros brasileira em relação às economias mais fortes, como a dos Estados Unidos, mais atrativo se torna o Brasil. Com a entrada de mais dólares no país, a taxa de câmbio entre o Real e a moeda norte-americana pode cair, entretanto esse movimento, via Selic, é um movimento de especulação e que não colabora para desenvolvimento da economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda”, pontuou.

Fiesp – Na terça-feira (30), o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, declarou que que as elevadas taxas de juros reais vigentes no país criam uma desvantagem competitiva em relação a outros países do mundo.

A declaração aconteceu no mesmo momento em que as centrais sindicais realizavam manifestação na avenida Paulista pela redução das taxas de juros. Os líderes sindicais foram informados da declaração do presidente da Fiesp e celebraram ainda no local.

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