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Roda de Conversa das Marias fortalece a conexão e a confiança entre as mulheres no BNDES

VÍNCULO 1536 – Foi realizada ontem (27), no Centro de Estudos do Edserj, a quinta “Roda de Conversa das Marias”, dando continuidade às ações de prevenção e combate ao assédio no BNDES. Envolvendo 13 mulheres, o bate-papo tratou de um assunto desconfortável: o comportamento inadequado no ambiente de trabalho.

Organizadas pela Comissão de Prevenção e Combate ao Assédio e à Discriminação da AFBNDES, as Rodas de Conversa, iniciadas no final de março, têm como objetivo, além da troca de conhecimento e reflexão sobre o tema, contribuir para o fortalecimento da conexão e da confiança entre as mulheres que trabalham no BNDES, num ambiente sem hierarquia, com todas as participantes dispostas a exercer a escuta e o acolhimento.

“Nossa Roda de Conversa vem crescendo em número de participantes e em conteúdo, dada a força dos relatos. Por mais que as pesquisas de clima não tragam números importantes sobre casos de assédio sexual ou moral, a cada Roda e, muitas vezes, após o encontro, em conversa paralela, mais privada, ouvimos relatos importantes de casos de assédio sexual e moral, ou, no mínimo, de comportamentos inadequados que, por serem constrangedores ou invadirem a privacidade da mulher, deveriam ser evitados e combatidos no ambiente de trabalho”, dizem as integrantes da Comissão.

“Sabemos que, muitas vezes, uma conduta de assédio, seja moral, ou sexual (sendo certo que o assédio moral, por vezes, tem um componente relacionado à questão de gênero), se inicia com pequenos comportamentos constrangedores, incômodos nem sempre identificáveis de imediato pela mulher como assédio. Diante disso, é fundamental trabalhar a vertente cultural do ambiente de trabalho para que determinadas condutas – tais como brincadeirinhas fora de hora ou sem intimidade suficiente, elogios inapropriados etc. – não sejam mais aceitas”, destacam.

Estratégias Além dos compartilhamentos entre as mulheres, a Roda se coloca, também, como importante ferramenta para que se pense e se converse sobre possíveis estratégias e soluções, tais como:

– Instituição de uma espécie de “botão do pânico” para que as terceirizadas possam acionar sempre que estiverem em alguma situação “indefesa” diante de uma conduta abusiva ou assediadora;

–  Necessidade de conscientizarmos cada vez mais as mulheres para que não se isolem nem deixem de relatar casos e situações abusivas ou assediadoras, bem como “metam a colher” caso se deparem com qualquer situação em que outra mulher esteja no lugar de vítima;

– Divulgação dos mecanismos institucionais de denúncia no BNDES (CIPA, Corregedoria, Ouvidoria e Comissão de Ética).

No trabalho das Rodas, segundo as organizadoras, ficou claro que a situação das terceirizadas é muito mais vulnerável, seja pela função que exercem, seja pela relação mais precária do vínculo empregatício que possuem e, por isso, a Roda se coloca como um verdadeiro porta-voz dessas mulheres. “O que tem se notado é que muitas delas são empoderadas e transformam-se em verdadeiras lideranças para outras mulheres nesse tipo de questão. O feedback que temos tido das próprias terceirizadas é bastante positivo no sentido de que é a primeira vez em que elas conseguem ser enxergadas como iguais dentro do BNDES”, ressaltam.

Algo que chama a atenção também é o número ainda baixo de benedenses participando da atividade. Os relatos, porém, acabam aparecendo, normalmente fora da Roda, em alguma conversa privada. E a pergunta que fica é: Por que temos tanto medo de falar sobre isso?”, questionam.

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