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Presidente Bolsonaro, responda à carta enviada pela CPI!

VÍNCULO 1449 – Ataque sistemático às instituições democráticas, instrumentalização da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, ataque à autonomia técnica dos servidores públicos.

Destruição da vida de centenas de milhares de brasileiros em decorrência de uma gestão desastrosa da pandemia de Covid-19. Não utilização do BNDES como instrumento de ativação da economia na maior crise econômica da história.

São acusações suficientes para defendermos como essencial para a vida e a democracia no Brasil o afastamento do presidente Bolsonaro.

Mas a CPI da Pandemia tem mostrado que isso tudo que já sabíamos não era toda a história.

Há evidências, testemunhos, de que o presidente da República estava ciente de corrupção no Ministério da Saúde associada à aquisição de vacinas!

Em especial, houve a denúncia do deputado Luis Miranda de que o presidente teria acreditado na denúncia que recebeu e a teria relacionado ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros.

Faz 14 dias que essa denúncia ocorreu em depoimento na CPI. Quase todos os dias o presidente se manifesta no “cercadinho” e em lives a respeito de vários temas, mas até agora não confirmou ou negou a denúncia.

Isso é um absurdo!

Presidente Bolsonaro, responda à carta enviada pela CPI nesta quinta-feira (8). É verdade ou mentira o que disse o deputado Miranda?

Reproduzimos, a seguir, a carta enviada pela direção da CPI ao presidente da República:

“À Sua Excelência

Senhor Jair Messias Bolsonaro

Presidente da República Federativa do Brasil

Senhor Presidente,

Como é de conhecimento público, foram realizados no plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito, no último dia 25 de junho de 2021, os depoimentos do Deputado Luis Miranda e de seu irmão, o servidor público Luis Ricardo Miranda.

Entre os inúmeros temas tratados, os depoentes descreveram em detalhes o encontro que mantiveram com Vossa Excelência, no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março de 2021, ocasião na qual teriam lhe alertado a respeito de vícios insanáveis e indícios de ilegalidades na documentação referente a importação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

Um dos temas mais sensíveis, motivo deste expediente especificamente, constitui a referência que teria sido feita por Vossa Excelência ao Líder do Governo na Câmara dos Deputados, Deputado Ricardo Barros.

Segundo o Deputado Luis Miranda, Vossa Excelência teria dito o que se segue, conforme consta registrado das notas taquigráficas:

“O Presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: ‘Isso é grave!’.”

“Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para mim, dizendo: ‘Isso é coisa de fulano’ . ‘Vou acionar o DG da Policia Federal, porque, de fato, Luis, isso é muito grave, isso que está ocorrendo”.

Posteriormente, o Deputado Luis Miranda declarou à CPI: “Foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o nome Ricardo Barros”.

Solicitamos, em caráter de urgência, diante da gravidade das imputações feitas a uma figura central desta administração, que Vossa Excelência desminta ou confirme o teor das declarações do Deputado Luis Miranda.

Tomamos essa iniciativa de maneira formal, tendo em vista que no dia de hoje, após 13 (treze) dias, Vossa Excelência não emitiu qualquer manifestação afastando, de forma categórica, pontual e esclarecedora, as graves afirmações atribuídas a Vossa Excelência, que recaem sobre o líder de seu governo.

Somente Vossa Excelência pode retirar o peso terrível desta suspeição tão grave dos ombros deste experimentado político, o Deputado Ricardo Barros, o qual serve seu governo em uma função proeminente.

O propósito desta iniciativa é de colaboração, esclarecimento e elucidação dos fatos. Frisamos que a manutenção do silêncio de Vossa Excelência, em relação a este fato específico, cria uma situação duplamente perturbadora.

De um lado, contribui para a execração do Deputado Ricardo Barros, ao não contar com o desmentido firme e forte daquele que participou da conversa com os irmãos Miranda.

Segundo, ao não desmentir o relato do Deputado Luis Miranda, impede-se que, em não sendo verdadeiras as referenciadas informações, sejam tomadas medidas disciplinares pertinentes, porquanto é inadmissível que um parlamentar, no exercício do mandato, faça tal afirmação envolvendo o Presidente da República e Líder do Governo e, sendo inverídica, não responda por este grave ato.

Caso Vossa Excelência desminta, de forma assertiva, as palavras do Deputado Luis Miranda, esta Comissão Parlamentar de Inquérito se compromete a dele solicitar esclarecimentos adicionais e provas do que disse, e, na hipótese de não haver provas, tomar claro que se trata apenas um conflito de versões. Ademais, em havendo tal conflito, será permitido à sociedade que tenha o direito de saber a verdade sobre os fatos.

Diante do exposto, rogamos a Vossa Excelência que se posicione, de maneira clara, cristalina, republicana e institucional, inspirando-se no Salmo tantas vezes citado em suas declarações em jornadas pelo País: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Respeitosamente,

Senador Omar Aziz – Presidente da CPI Pandemia

Senador Randolfe Rodrigues – Vice-presidente da CPI Pandemia Senador Renan Calheiros – Relator da CPI Pandemia”

Associação dos
Funcionários do BNDES

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