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Será que pode?

VÍNCULO 1293 A posse do atual presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, em 9 de abril, no Auditório Arino Ramos Ferreira, surpreendeu pelo inusitado. Como poucas vezes aconteceu na história do BNDES, a cerimônia contou com a presença de muitas figuras ilustres da República brasileira. Estavam presentes o presidente Michel Temer e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, os ministros interinos da Fazenda e do Planejamento, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, Carlos Marum, ministro da Secretaria de Governo, o pré-candidato a presidente da República Henrique Meirelles; além de Paulo Rabello de Castro, também pré-candidato a presidente da República, que transmitia o cargo a Dyogo Oliveira. A surpresa não parou por aí. Outros dois fatos incomuns chamaram a atenção.

O aparato de segurança para dar proteção à cúpula de nossa República durante a posse levou ao “aprisionamento” dos franciscanos do Mosteiro de Santo Antônio, vizinho do BNDES. Os religiosos ficaram retidos no Mosteiro e pessoas de fora não puderam entrar. Segundo relato de um franciscano, publicado no blog do jornalista Lauro Jardim, eles não foram avisados previamente. De acordo com o religioso, nem nos piores momentos da ditadura os franciscanos do Mosteiro de Santo Antônio (que comemora 410 anos em 2018) sofreram com tamanha arbitrariedade. É difícil compreender que perigo os franciscanos do Mosteiro de Santo Antônio poderiam oferecer às autoridades presentes na posse do novo presidente do BNDES.

O terceiro fato inusitado se deve à presença, na mesa de posse, do ex-ministro da Fazenda e pré-candidato a presidente da República, Henrique Meirelles, fazendo discurso e aproveitando a cerimônia para fins eleitorais. Na condição de ex-ministro de Estado, sua presença em evento oficial, como a posse do presidente do BNDES, é, no mínimo, questionável. Além da presença problemática, Meirelles aproveitou a situação para falar a uma plateia recheada de banqueiros, industriais, jornalistas e empregados e empregadas do BNDES.

O processo que o presidente da AFBNDES, Thiago Mitidieri, está sofrendo na Comissão de Ética do BNDES abriu uma discussão na Casa sobre ética, política e ação político-partidária que também está presente em outras empresas estatais. Causou, portanto, estranheza a presença de Meirelles fazendo discurso de pré-candidato na posse do presidente do BNDES. Diante desse fato, caberia dar conhecimento à Comissão de Ética do BNDES, à Comissão de Ética Pública e ao Tribunal Superior Eleitoral? Será que pode?

Associação dos
Funcionários do BNDES

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