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Brasil estreia segunda-feira (24) na Copa do Mundo de Futebol Feminino

A seleção brasileira de futebol feminino, que busca o inédito título da Copa do Mundo, estreia na primeira fase da competição, que está sendo disputada na Austrália e na Nova Zelândia, a partir das 8h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (24). O confronto contra o Panamá vale pelo Grupo F, que também conta com França e Jamaica. O Brasil enfrenta a seleção francesa no dia 29 (sábado), às 7h, e fecha a primeira fase contra a seleção da Jamaica no dia 2 (quarta-feira), às 7h.

A nona edição da Copa do Mundo é a maior de todos os tempos, contando com 32 seleções na disputa pelo título, o maior número de equipes desde 1991.

As meninas do Brasil experimentam nesta edição uma estrutura inédita, com ampliação do quadro técnico e profissionais estratégicos para o desempenho do time. Desde 2019, a seleção é treinada pela sueca Pia Sundhage. Como técnica da seleção  americana, Pia ganhou dois ouros olímpicos (Pequim-2008 e Londres-2012) e foi vice-campeã mundial na Copa da Alemanha-2011. Pela Seleção Brasileira, a técnica venceu a Copa América de 2022, disputada na Colômbia. Este título deu ao Brasil o direito de disputar a ‘Finalíssima’ feminina, diante da Inglaterra, seleção campeã da Eurocopa feminina. A Seleção Brasileira acabou perdendo a taça nos pênaltis.

A professora e pesquisadora Silvana Goellner, que estuda as mulheres no esporte, reconhece que tanto a FIFA quanto a CBF evoluíram no quesito reconhecimento do futebol feminino, mas diz que ainda falta muito para chegarmos ao patamar ideal de investimento. “A gente está nos primeiros passos. Acho que existe ainda muita perspectiva para a gente pensar no futebol. E não pensar só nas jogadoras. Pensar na ampliação dos cargos de gestão, dos quadros técnicos e também na ampliação dos cargos das mulheres na mídia esportiva”, analisou. 

A Fifa vai distribuir US$ 152 milhões para as seleções como remuneração às jogadoras. A entidade se vangloria que o valor é três vezes superior ao que foi pago há quatro anos, na Copa da França. No ano passado, para os homens, no Qatar, a Fifa disponibilizou US$ 440 milhões.

Brasil candidato à sede da Copa 2027 – No dia 1º de julho, o presidente Lula esteve no estádio Mané Garrincha, em Brasília, visitando a seleção brasileira e defendeu investimentos no futebol feminino: “Eu sonho que um dia o futebol feminino possa lotar os estádios como o futebol masculino. É um trabalho de politização da sociedade, é um trabalho de divulgação, é um trabalho de convencimento”, apontou Lula, acrescentando que é preciso garantir ainda a igualdade de pagamentos entre todos os jogadores, homens e mulheres.

O governo faz campanha para que a Copa do Mundo Feminina de 2027 ocorra no Brasil. Segundo Lula, o país possui estrutura e estádios de qualidade para receber a competição, os mesmos construídos para a Copa do Mundo masculina, em 2014.

O Brasil é, junto a outras três candidaturas (duas delas formadas por conjuntos de países), finalista para ser sede do campeonato daqui a quatro anos. A escolha será feita em maio de 2024, no congresso anual da Fifa.

A ministra do Esporte, Ana Moser, viajou aos países-sede de 2023 para acompanhar a Copa e fortalecer a candidatura brasileira nos bastidores. A ministra acredita que a empreitada se encaixa na iniciativa de desenvolvimento da modalidade no país, que inclui a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino.

Em março, Lula assinou o decreto que cria tal programa, sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Ele prevê medidas de promoção do desenvolvimento do futebol profissional e amador no país, ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola.

“A estratégia é uma iniciativa transversal, que aborda princípios da agenda social deste governo: a equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades. Essa abrangente agenda encontra no esporte, e em particular neste Ministério do Esporte, uma ferramenta importante. No caso do futebol feminino, a gente conta sempre com a parceria da CBF e das federações estaduais”, afirmou a ministra do Esporte.

Entre as ações, o programa pretende fomentar a participação das mulheres em posições de gestão, na arbitragem e na direção técnica de equipes, além da instalação de centros de treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes pedagógicas adaptadas às necessidades femininas. O decreto determina que, em 120 dias, seja elaborado um diagnóstico da situação atual do futebol feminino no país e um plano de ações até 2025 para a implantação da estratégia.

“O futebol feminino em si traz um histórico de muitas dificuldades, de preconceitos, invisibilidade, que impõe barreiras que persistem em afastar as mulheres da prática do esporte, seja por lazer e mesmo em âmbito profissional”, observou a ministra.

A Estratégia Nacional inclui ainda a “promoção de uma cultura competitiva sadia, evolução da consciência, autoestima e integração social” das mulheres. Também pretende desenvolver mecanismos efetivos de “desmobilização de comportamentos intolerantes e violentos contra meninas e mulheres nos estádios de futebol ou fora deles”.

► História – Apenas no fim da década de 70 foi revogada a lei que proibia as mulheres de jogarem futebol. É o início de uma nova jornada para a modalidade entre as mulheres. Confira aqui um pouco da história do futebol feminino no Brasil.

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