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Igualdade de Oportunidades é tema na Campanha Nacional dos Bancários

VÍNCULO 1602 – Igualdade de Oportunidades foi o tema da reunião do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) iniciada na tarde desta quinta-feira, 11 de julho (A reunião não havia terminado quando foi concluída esta edição do VÍNCULO). Os bancários reivindicam o fim das distorções salariais entre gêneros, o combate ao preconceito e condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PCDs), negros, negras e LGBTs tenham maior presença nos cargos de liderança. O encontro faz parte da Campanha Nacional de 2024, que visa a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“Na Consulta Nacional da Categoria Bancária, que realizamos neste ano com quase 47 mil bancárias e bancários de todo o país, o tema igualdade de oportunidades apareceu na quinta colocação entre as prioridades, porém quando separado por gênero, o tema subiu para a primeira colocação, entre as mulheres”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

“O que nós queremos é promover um ambiente de trabalho inclusivo e com respeito, combatendo as distorções do preconceito, da discriminação que nós vemos na sociedade. Com isso, possibilitar a inclusão, o acesso ao emprego bancário e a ascensão profissional, sem a interferência desses preconceitos estabelecidos na sociedade”, destaca Juvandia Moreira.

O Sindicato dos Bancários do Rio revela que, dados divulgados durante o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado em 2023, mostra que, de um total de aproximadamente 450 mil trabalhadores e trabalhadoras bancários, os negros ocupavam apenas 110 mil vagas, segundo números de 2021 do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Nos cargos de comando, a situação de negros e negras era ainda pior: pretos representavam apenas 3,3% e pardos, 20,3%, sendo que 75,5% destas funções de chefia eram ocupadas por brancos.

A situação dos jovens negros no sistema financeiro também preocupa. A juventude com até 29 anos, representava apenas 17,8% da totalidade na categoria. Dentre estes, apenas 31,6% eram negros e em maior número entre 18 e 24 anos.

“Os números mostram que a desigualdade salarial entre raças ainda persiste nos bancos e essa lamentável realidade reflete diretamente na vida dos jovens negros e pardos. Precisamos acabar com toda a forma de discriminação e garantir a igualdade de oportunidades na categoria”, afirma o diretor do Sindicato do Rio e secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar.

Bancárias ganham menos

No Brasil, a Lei 1.085/23, sancionada pelo presidente Lula no ano passado, representou um avanço no combate à desigualdade salarial entre homens e mulheres. No entanto, levantamento feito pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, feito em março deste ano, revela que as trabalhadoras mulheres recebem, em média, 19,4% a menos que os homens.
Um levantamento da Contraf-CUT revela que as mulheres bancárias recebem em média 22,2% menos que seus colegas masculinos. Esse cenário se agrava ainda mais para as mulheres negras que enfrentam uma disparidade salarial de até 40,6% em relação aos homens brancos na mesma posição.

“É inaceitável que no sistema financeiro, como em qualquer outro setor, as mulheres continuem recebendo, em média, menos que os homens. É preciso discutir mecanismos para acabar com esta discriminação e garantir a igualdade salarial, de direitos e oportunidades, também em relação à comunidade LGBTQIA+, negros (as) e as Pessoas com Deficiência”, afirma a vice-presidente do Sindicato do Rio, Kátia Branco.

Calendário de reuniões

Julho: dias 18 e 26 – Saúde e condições de trabalho, incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas.

Agosto: dias 6 e 13 – Cláusulas econômicas; dias 20 e 27 – ainda sem definição.

Associação dos
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