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Abrindo a caixa verde (e amarela) do BNDES

Carlos H R Malburg – Arquiteto – AST/DEMOB

Vínculo 1277 – Sinto um certo temor de que o material produzido no ideiaLab, tão variado, criativo e, principalmente, fruto da motivação do corpo de empregados do Banco em contribuir para um futuro melhor, não seja aproveitado em todo o seu potencial.

Num momento em que o BNDES está sofrendo questionamentos e ataques, e sem pretender aqui entrar no mérito das acusações, é uma boa oportunidade para investirmos na divulgação de uma imagem positiva, não apenas junto aos nossos clientes, mas junto à opinião pública em geral.

Ao percorrer rapidamente as ideias apresentadas, identificamos tanto propostas voltadas para melhorar e ampliar nosso relacionamento com o público externo, quanto para aprimorar nossa eficiência, nossa transparência e mesmo nosso ambiente de trabalho, o que certamente se refletiria em aumento de produtividade. Muitas dessas ideias são caminhos diferentes para chegar a um mesmo objetivo, enquanto outras podem ser vistas como complementares, e é nessas que eu queria me deter.

Idealmente, o BNDES usaria todo o seu potencial como indutor de um desenvolvimento sustentável quando, além de definir com clareza suas prioridades e critérios de apoio, estabelece linhas de crédito em condições adequadas e mais favoráveis, e articula com os possíveis parceiros e clientes para melhor integrá-los a essa iniciativa.

Melhor ainda se a própria instituição for um caso exemplar, um modelo a ser adotado (efeito-demonstração) e divulgado.

As várias ideias que trataram de melhoria nas nossas condições de trabalho – um prédio ambientalmente mais saudável, eficiente e sustentável, de uso preferencial de transporte não motorizado ou público para acesso ao trabalho, de novos instrumentos para o resgate da nossa dívida social, de mais transparência nos nossos métodos e critérios de apoio, dentre outras – poderiam compor um conjunto integrado e consequente de medidas que fosse um marco tão importante na história do BNDES quanto foi, na década de 80, a incorporação do “S”, ou na década de 90, a visão ambiental. Aqueles de nós que viveram essa época devem lembrar como tivemos que nos adaptar para trazer para a análise e o acompanhamento de operações de cunho social, a expertise adquirida no financiamento à indústria e à infraestrutura, ou para incorporar aspectos ambientais ao nosso instrumental de análise. E conseguimos.

O desafio agora é outro. Imaginemos um Edserj que seja um exemplo de sustentabilidade, com autogeração solar e redução de consumo de energia, captação de água da chuva e tratamento de água de reuso, com medidas de climatização inteligentes e estímulo ao uso de bicicleta e do transporte público, quando temos ciclovia, metrô e VLT próximos. Certamente teríamos uso mais produtivo para parte da área hoje ocupada por garagens, num espaço tão nobre quanto a Av. Chile/Largo da Carioca/Av. Paraguai.

Imaginemos um prédio com creche para os filhos de empregados, com instalações para prática de atividade física (não “catracado”, naturalmente) e com espaço para campanhas regulares de doação de sangue, pois contamos com um quadro de empregados jovens e saudáveis, que teriam mais disponibilidade para doações se lhes fossem oferecidas condições adequadas para fazê-lo.

Imaginemos um BNDES que congregasse e liderasse seus vizinhos estatais – BB, Caixa, Petrobras, CVM, ESDI/Uerj etc. – na adoção de medidas como as aqui descritas, além de ações de recuperação, revitalização e humanização do nosso entorno urbano, buscando dar um novo alento aos frequentadores do centro dessa cidade que já foi tão acolhedora.

Obviamente todas essas medidas, umas mais outras menos, terão custos, mas os benefícios correspondentes, sejam eles econômicos, financeiros, sociais ou de produtividade, de imagem ou de autoestima, parecem inquestionáveis.

Acrescente-se a isso um retorno econômico pela economia no consumo de energia elétrica e de água, insumos esses cada vez mais escassos e caros.

Por último, mas não menos importante, o exemplo que estaríamos dando na divulgação de linha de financiamento do BNDES para edificações verdes (Green Buildings) incrementando um mercado que tem enorme potencial para geração distribuída de energia solar, eficiência energética e captação e reuso de água.

Esse conjunto de ações, e outras mais que possam complementá-las e enriquecê-las, além de serem um passo e um exemplo em direção ao futuro que queremos construir, reforçam a imagem do BNDES comprometido com o meio ambiente e com a sociedade, gestor do Fundo Amazônia, grande financiador de Energia Renovável no Brasil, e a primeira instituição financeira nacional a lançar com sucesso um Green Bond no exterior, no valor de US$ 1 bilhão, e agora transformando a sua sede e mostrando que o “S” do BNDES não é apenas de Social, mas é também de Sustentável e Solidário.

Associação dos
Funcionários do BNDES

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