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Da Forma Errada (1) – IdeaBla

Sir Arnold: It’s the old logical fallacy: All cats have four legs. My dog has four legs…..
Sir Humphrey: …Therefore my dog is a cat.
Sir Arnold: He’s suffering from politician’s logic.
Sir Humphrey: Something must be done, this is something, therefore we must do it.
Sir Arnold: But doing the wrong thing is worse than doing nothing.
Sir Humphrey: Doing anything is worse than doing nothing
(Yes, Prime Minister – episódio Power to the People)“I interviewed more than two dozen current and former administration officials for this article, and at least a dozen told me some version of the internal joke that every problem in Obamaworld is a communications problem.”

(Michael Grunwald, “The Selling of Obama”, Politico, May/June 2016.)
 

Vínculo 1275 – Não era pra estar escrevendo isso nessa ordem. Mas tendo em vista um certo atraso nos planos decorrentes de uma pequena intempérie pessoal, salto da discussão (que retomarei) de que é a hora errada para planejarmos o futuro para discutir o que está sendo feito. E perdoem-me se essa intempérie me deixou meio disléxico.

Perdoem-me também porque o texto conterá, à moda de Carlos Da Costa, uma série de referências em inglês a autores e conceitos. Talvez por demais hermético, sem a elegância do professor, mas tentando ter a mesma beleza sintética de seu discurso. Aliás, sobre seu primeiro discurso cá – quando da apresentação do início do Planejamento Estratégico pelo presidente, tomei esses dois parágrafos como nota:

“É reconfortante ver um economista que vê vídeos no Youtube e cita Simon Sinek e Jim Collins ao invés dos luminares do INSPER. E mais ainda porque, num certo sentido, me pareceu que ele tem um entendimento do mundo contemporâneo em si, e não como resgate/restauração de mecanismos/entendimentos passados. Alguém capaz de nos fazer perceber que, na atual conjuntura brasileira, onde as coisas estão invertidas, no meio, entre Estratégia e Planejamento, Orçamento e Gestão, falta Liderança.

Quatro anos atrás, num evento aqui no Banco, perguntei a Mariana Mazzucato como ela via o papel de coisas como Y-Combinator na questão de inovação. Ela foi procurar no Google. Para ela, inovação é hardware, investimento algo físico. Carlos me parece ter uma visão diferente, uma visão de quem viveu o Vale do Silício. Por baixo do discurso dele eu juro que ouvi a ideia do Banco atuar como uma Y-Combinator brasileira, usando de nosso capital, da qualidade de nossos recursos humanos e da expertise organizacional do Banco para possibilitar que brotem empresas brasileiras capazes de se tornar operadores mundiais. Nas muitas palestras que cá vi, foi também um raríssimo caso (um outro, por exemplo, foi um cara da Zona Franca de Manaus) de alguém a ter um entendimento do timing (e das consequências de perdê-lo) no negócio tecnológico. Porque não adianta educar, apoiar, financiar – a série de verbinhos em “ar” do desenvolvimentozinho meia-bomba que é pregado por aí – se não houver possibilidade de uma empresa brasileira ser a (quase) primeira do campo a nível mundial. O mundo gradual, aos pouquinhos, acabou.

(Disclaimer: o texto acima não é irônico. Sou viciado em Talks at Google. Acho Mariana o máximo: O Estado Empreendedor deveria ser alvo de prova para todos os funcionários do Banco. E não confundir aceleradora de startups com incubadora, co-working ou hub.)

Nada disso vejo refletido nos processos que passamos hoje. E aí vamos a uma pequena discussão do que julgo erros tendo por pano de fundo o processo do IdeaBla. Sim, o IdeaBla, com sua ilusão de que a vestimenta democrática do voto faz uma Multitude capaz de extrair da Crowd um entendimento, wisdom. Concretamente, uma venda de rifa na escola, um conjunto de 10 finalistas onde popularidade e capacidade de fazer campanha foi certamente um fator importante. E depois, outra votação, do sábio colegiado de sups (e substitutos eventuais). Não me lembro de alguém como a Y-Combinator, a A16Z, a Bridgewater (e suas ultraparticipativas dots) operar dessa forma.

Mas vamos dar um pequeno passo atrás. Há um erro fundamental na discussão toda que rola agora sobre o futuro do Banco: a ideia de que o BNDES precisa se preparar para a Concorrência, a Competição, a Convergência de Taxas. Esse é um mantra que vem sendo repetido desde a era Gros. E agora agravado à esquerda pela TLP. Bem, se há uma instituição que definitivamente deve operar numa Blue Ocean Strategy (“lasting success comes not from battling competitors but from creating “blue oceans” untapped new market spaces ripe for growth.”), ela é o BNDES. Que pessoas que construíram seus paradigmas de atuação em cima de suas experiências pessoais nos raros campos onde o Banco de fato fez pura substituição de fundos vejam o mundo como competição é natural. Mas elas estão não só erradas em relação ao conjunto, como atrasadas no tempo e no espaço. E com uma consultoria alemã, o que agrava o problema.

“After decades of watching great companies fail, we’ve come to the conclusion that the focus on correlation—and on knowing more and more about customers—is taking firms in the wrong direction. What they really need to home in on is the progress that the customer is trying to make in a given circumstance—what the customer hopes to accomplish. This is what we’ve come to call the job to be done.” Não vejo isso endereçado na mais votada das propostas, a da criação de uma nova Área (quiçá Diretoria, hipótese aberta pelos proponentes na falta de uma superintendência no CG Extraordinário que a escolheu) de Comunicação e Marketing.

Qual o Job to be done do Banco? É concorrer com BTG, Itaú ou BB só porque temos “Banco” no nome? Essa é uma pergunta que imvho não está justificada quando se olha os core values de cada instituição. Certamente não buscamos Alpha enquanto asset em si na nossa carteira. Certamente a ideia de eficiência relacionada ao operational level, subjacente aos valores de instituições que operam varejos, parece inadequada ao que é uma instituição pura de creative class, uma instituição que é quase totalmente scalable – qual seja, que seus custos são independentes de seu nível de operação – como o BNDES. Certamente uma instituição pública com o nosso conjunto de Core Values tem necessariamente uma perspectiva diferente de sua atuação do que uma instituição privada. A começar porque ela tem que fazer “tudo o que a lei determina” – ao invés de “tudo o que a lei permite” – como me ensinou um colega contador.

Mais grave é a ingenuidade de se achar que os atuais problemas de imagem do Banco são problemas de comunicação. Não, são problemas políticos. Não há solução de transparência ou diálogo que resolva isso. Estamos limitados pelas relações dos grupos de imprensa com o governo, do restante do governo em relação à nós, dos diferentes grupos de interesses. A isso se soma hoje a epistemic closure na echo chamber das redes sociais e a cognitive dissonance daqueles que apoiaram o golpe e veem no BNDES a única e apocalíptica oportunidade de resgatarem-se da condição de patos. O que não quer dizer que uma Área de Comunicação não viria muito bem a calhar.

Mas voltemos à rifa. Nossos HiPPOs decidiram por duas ideias. A segunda delas foi a BNDESOinc. Numa apresentação que terminou de forma bombástica com a foto das malas da coleção de notas de 100 e 50 reais atribuída àquele colega de turma que Renato Russo achava “in-su-por-tá-vel!” – e cujos demais colegas alcunhavam de suíno – os propositores perguntavam se malas de BNDESOinc algum dia poderiam ser colecionadas daquela forma.

Em nome da transparência e da moralidade se propõe uma solução que, se implementada, implicaria no mínimo numa mudança dos sistemas de contabilidade e de pagamentos das empresas com que o Banco tem relação. E de seus fornecedores. Definitivamente, não creio que “Make Something People Want” se aplicaria a este caso (pelo menos do ponto de vista de nossos clientes). Tudo em nome da rastreabilidade, da ideia de que determinado dinheiro foi ungido com virtudes especiais de transparentes ética e honestidade.

Blockchain é forma de fazê-lo? Que raios é uma blockchain? Pra que serve? Numa explicação bem compacta, trata-se de um sistema notarial distribuído descentralizado redundante. Usado como “moeda” no sentido meio de pagamento, serve para ambientes de baixa confiança entre os atores, como pessoas transacionando produtos químicos e digitais num mercado realmente livre (como o falecido Silk Road), ou pessoas que não acreditam no Estado (tipo technoliberta rians). Como Asset Class, o que definitivamente elas acabam sendo hoje, Cryptocurrencies atendem a um desejo de ter ao mesmo tempo segurança, ao mesmo tempo a fantasia de serem ‘apolitical’ money, ao mesmo tempo o mais portátil dos reservatórios de riqueza, o cofre do Tio Patinhas num smartphone. Algo certamente perfeito para evasão de divisas. Certamente não é acidental que algo como quatro quintos do mining mundial estejam na China, esse exemplo ímpar de democracia e mobilidade do capital.

Ao mesmo tempo em que se votava uma das soluções tecnológicas da moda do âmbito Crowd, a outra proposta tecnologicamente revolucionária foi desprezada. Por baixo da proposta de se descobrir quais os Super Empregos possam existir na economia brasileira – uma ideia definitivamente saída da mente de Sheldon Cooper – há um outro aspecto do just not very evenly distributed que é Machine.

Esqueçamos a busca dos Super Empregos. O que é Machine Learning? Pra que serve? Machine Learning é quando você deixa o processo cognitivo/de programação das máquinas (programas de computador) acontecer de forma evolutiva, autônoma. Concretamente isso tem produzido resultados fantásticos de entendimento seja de processos razoavelmente abstratos (como o jogo de Go), seja de mercados. Machine Learning é uma tremenda ferramenta. E Super Empregos algo que parece saído de um sitcom.

Mas se juntarmos a ferramenta dos Super Empregos – Machine Learning – com a parte fat free do objetivo da BNDESOinc – rastreabilidade – opa, temos um jogo. Machine Learning conjugando a mesma base de RAIS dos Super Empregos com notas fiscais eletrônicas permitiriam não só um entendimento profundo da economia como a detecção de padrões “estranhos” de uma forma jamais imaginada. Isso de forma não invasiva, não exigindo das empresas nenhuma mudança que já não esteja prevista em lei.

Cryptocurrency do BNDES é, portanto, um exercício inútil? Sinceramente, tal como proposto creio que sim. Mas há um problema concreto em que uma cryptocurrency do Banco poderia fazer uma revolução no acesso a crédito neste país. A concentração de nosso sistema bancário levou uma série de periferias excluídas a constituírem moedas sociais. Há mais de uma centena no país, e há um senso de solidariedade entre os diferentes operadores desses sistemas paralelos. Integrá-los sem destruir suas especificidades seria um grande avanço, uma grande possibilidade de salto de uma estrutura cooperativa em sua essência e emsuas metas. O BNDES tem a escala, a credibilidade e a capacidade de custear a estrutura de um sistema desses a nível nacional. O BNDES usar de sua capacidade técnica para coletivamente se constituir e operar a Platform que permita que, na fringe de nossa economia, Palafitas sejam convertidas em Palmas, seria algo totalmente novo, revolucionário. Mais do que o próprio Fundo de Desenvolvimento Social.

Todas essas possibilidades estavam ali.

Mas não se chega a Chesed pelo caminho errado. Não é pela Távola Redonda de HiPPOs, filtered leaders como define Mukunda, que se vai manejar processos paradoxais de Creative Abrasion (meu favorito), Creative Agility e Creative Resolution. Constituir uma liderança para esses processos num grupo pequeno, sob uma ótica de Organizational Health, que resgate toda a criatividade que há nas mais de trezentas ideias que certamente movimentaram discussões de mais de mil pessoas dentro do Banco, seria a forma de não jogar esse esforço fora. As pessoas contam, as pessoas contam com, as pessoas contam para outras pessoas.

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Notas

Vamos tentar algo diferente, um pouco mais relaxado. Como uma conversa. Os livros citados, salvo alguma nota em contrário, foram devidamente lidos de cabo a rabo.

E o primeiro ponto da conversa é explicar o que é a Y-Combinator, que citei no artigo, que certamente citarei noutros. “Make Something People Want.” é o lema dessa que é uma das duas que o Seed Accelerator Ranking Project lista em 2017 como Platinum Plus. Há um interessante livro sobre ela, The Launch Pad: Inside Y Combinator, Silicon Valley’s Most Exclusive School for Startups, escrito pelo jornalista Randall Stross. Links:

https://en.wikipedia.org/wiki/Y_Combinator_(company)

http://www.ycombinator.com/

https://www.forbes.com/sites/alexkonrad/2017/06/07/best-accelerators-of-2017/#52eaa6a810cb

Há quem curta TED Talks. Pessoalmente, o formato frenético, infomercial, me incomoda. Talks at Google é o conjunto de palestras abertas dadas por autores de livros, artistas, cozinheiros, intelectuais, whatever!, para funcionários do Google. É raro eu comprar hoje um livro de business sem que ao menos eu tenha visto lá a palestra do autor sobre o livro. É uma hora de youtube que me faz permitir escolher as mais de cinco que gastarei lendo um livro, dos quais no máximo meia dúzia no ano será de business/economia.

https://www.youtube.com/channel/UCbmNph6atAoGfqLoCL_duAg

Além do Google, palestras em universidades costumam ser ótimas formas de se saber do que se trata um livro e se ele realmente vai acrescentar algo que você não saiba. E, por vezes, ver palestras anteriores de pessoas que vêm se apresentar aqui no Banco facilita o entendimento da palestra (que costuma ser, no mínimo, o mesmo powerpoint), permitindo uma melhor degustação do que está sendo servido. E evita perguntas óbvias, que o palestrante já tenha respondido antes.

Na última visita de Mariana Mazzucato nestas terras, por exemplo, eu tinha visto a apresentação dela por conta do SPERI Prize. Prêmio que ela ganhou disputando nada mais nada menos contra o livro do Piketti! Bela palestra.

http://www.sussex.ac.uk/spru/newsandevents/2014h/
awards/newstatesmanprize

Multitude (Multidão) é o segundo livro de trilogia Império de Michael Hardt e Toni Negri. Sendo bem sintético, multidão é o conceito de demos plural que está por trás dos movimentos do início desta década. Uma explicação mais longa em português achei aqui:

https://razaoinadequada.com/2015/07/15/negri-e-hardt-multidao

The Wisdom of Crowds (A Sabedoria das Massas) é um livro do James Surowiecki muito badalado de pouco mais de uma década atrás. Nada que você não encontre em muita coisa escrita depois, nada que estivesse tão bem sistematizado e trazido para as massas antes.

a16z (Andreessen Horowitz) é uma firma de venture capital. Andreesen, no caso, é o cara que criou a Netscape, a primeira firma a fazer um browser. Eles têm uns podcasts fantásticos no site deles.

Bridgewater Associates é um hedge fund. Bem, um pouco mais que um hedge fund. Gente como Adam Grant bate cabeça para ele. Para entender como e porque a Bridgewater é um modelo interessante (que não acho que deveríamos seguir), os links abaixo são bem interessantes. Mas, repetindo, como se diz para as crianças quando vão ao circo: não tente fazer em casa. Na Casa, no caso. Qual seja, pelamordedeus, ninguém “sampleie” isso num próximo IdeaBla.

http://www.businessinsider.com/ray-dalio-management-strategy-bridgewater-2016-1

http://www.businessinsider.com/bridgewater-ray-dalio-radical-transparency-app-dots-2017-9

https://qz.com/1071749/bridgewater-associates-ceo-ray-dalio-explains-the-dot-collector-feedback-tool-his-company-uses-to-rate-employees
https://www.vanityfair.com/news/2017/09/ray-dalio-is-bringing-his-cult-to-silicon-valley
https://www.bridgewater.com

Sobre Blue Ocean Strategy (Estratégia do Oceano Azul), trata-se de um conceito com mais de uma década. O livro (que não li) foi traduzido em nossa terra, está em catálogo. Há um novo livro dos autores, Blue Ocean Shift: Beyond Competing – Proven Steps to Inspire Confidence and Seize New Growth que está na minha fila de espera de leitura. Dois links interessantes sobre o conceito:

http://www.palermo.edu/economicas/cbrs/pdf/wii.pdf

Job to be done é a nova palavra de ordem/conceito do Clayton Christensen.  Esse artigo na HBR dá uma boa discussão, mas o livro Competing Against Luck: The Story of Innovation and Customer Choice, onde ele avança em mais detalhes o conceito é bastante interessante. Saiu cá tem pouco tempo com o título de Muito Além da Sorte. Há um conjunto anterior de três palestras dele no Saïd Business School da Universidade de Oxford que já usa essa perspectiva. Valem a pena, ao menos pela boa aula sobre disrupção e por uma ideia provocativa sobre desenvolvimento.

https://hbr.org/2016/09/know-your-customers-jobs-to-be-done

Quanto aos valores das instituições, é raro ver algo da concisão e da beleza do trabalho feito pelo Banco com a Dom Cabral. Vide:

https://www.btgpactual.com/home/quem-somos/visao-geral

https://www.itau.com.br/sobre/quem-somos/cultura-corporativa

Creative Class é um conceito criado e desenvolvido por Richard Florida em A Ascenção da Classe Criativa. Escrito no início deste século, o livro trouxe um entendimento revolucionário sobre o urbano. Ao longo do século o próprio Florida foi revendo seu entendimento do problema, as armadilhas criadas por um desenvolvimento centrado nas “indústrias” criativas.

http://www.smithsonianmag.com/innovation/does-creativity-breed-inequality-in-cities-180963086/

https://www.citylab.com/life/2015/07/the-connection-between-cities-inequality-and-creative-economies/397244

Epistemic closure surge como preocupação política nos EUA em 2010. Basicamente, nesse mundo pós-internet as pessoas conseguem ficar mais facilmente ilhadas em seus mundos conceituais, por mais paradoxal que possa parecer com as amplas possibilidades que a internet traria. E mais: o fazem à revelia dos dados, dos fatos. Uma discussão interessante de como o conceito foi (re)apropriado nos EUA (e que em tempos do “sucesso” da política econômica do Meirelles e da elevada discussão de valores dos MBL da vida, por exemplo, traz uma reflexão sobre o que cá se passa) está nesse link:

http://www.nytimes.com/2010/04/28/books/28conserv.html

Dissonância Cognitiva é um dos conceitos mais maneiros que conheço de psicologia. Grosso modo, entre a realidade e o que você acredita, você dobra a aposta na opção B.

HiPPOs são Highest Paid Person’s Opinion ou Highest Paid Person’s in the Office. Um conceito muuuuuuito interessante quando se está discutindo como uma organização toma uma decisão:

http://www.bbc.com/news/business-39633499

https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2017/10/26/data-driven-decision-making-beware-of-the-hippo-effect/#289bf48580f9

https://hbr.org/2016/02/the-antidote-to-hippos-crowd-voting

Descobri sobre HiPPOs lendo Platform Machine Crowd, um livro recente dos mesmos autores de The Second Machine Age. Não sei se há livros que eu recomendaria mais aos meus colegas de Banco do que esses dois. MachinePlatform e Crowd são parcialmente fundamentados nesse livro.

Há um capítulo sobre Blockchain no livro que não me entusiasma. Pertenço àqueles que acham isso uma pirâmide, algo custoso e desnecessário. Um bom link do Varoufakis antes das tulipas florescerem, e dois links bem recentes para reflexão a respeito:

https://www.bloomberg.com/view/articles/2017-11-24/cryptocurrencies-don-t-belong-in-central-banks

https://powercompare.co.uk/bitcoin

Aliás, falando sobre China e fuga de capital (e bitcoin):

https://www.forbes.com/sites/insideasia/2017/02/22/china-capital-flight-migration/#f2d6e7f4a37c

https://ftalphaville.ft.com/2017/01/19/2182669/chinese-capital-flight-is-back

https://www.ethnews.com/dea-names-bitcoin-as-tool-used-to-skirt-chinese-capital-flight-regulations

Palafita é a moeda social do Banco Maré (que esteve aqui no Indocrination Day, no start do IdeaBla). Palmas é a moeda social do Banco Palmas, pioneiro nesse campo. Moedas sociais, bancos comunitários. Tem até gente lá fora (aqui também) estudando isso:

http://monneta.org/en/news/brazil-conference/

http://www.bcb.gov.br/pre/microFinancas/arquivos/horario_arquivos/
apres_116.pdf

https://www.bcb.gov.br/Nor/relincfin/Palestra_Marusa_Vasconcelos_Freire_._Moedas_Sociais.pdf

Fato é que os militantes/produtores/participantes de Economia Solidária têm, além de seus bancos e cooperativas, uma rede social constituída, http://cirandas.net/. Eu reconheço que no governo Temer isso é assunto que não deve avançar, mas em qualquer governo com menos Suíno(vs)Cultura isso certamente daria samba.

Descobri o argumento Gautam Mukunda sobre filtered leaders no livro que atualmente me acompanha no metrô, Barking Up The Wrong Tree, de Eric Barker. Líderes filtrados são aqueles que passam pelos processos internos de seleção, de forma que que eles têm uma conformidade doutrinária e, portanto, são pouco suscetíveis a fazer coisas inesperadas. Mesmo quando isso for desesperadamente necessário. O link abaixo trata disso um pouco melhor:

https://www.forbes.com/sites/drucker/2012/10/30/a-great-leader/#7cde857038af

Creative Abrasion, Creative Agility e Creative Resolution são etapas do entendimento de processos de inovação de um livro delicioso, Collective Genius: The Art And Practice Of Leading Innovation. O livro trata da importância de liderança nos processos de inovação, de como o tipo de liderança necessário é diferente do que usualmente se espera numa empresa. No melhor estilo Harvard, cada capítulo é um caso, e para um entusiasta de cinema, ler alguns casos sobre a Pixar… Curiosamente, meu exemplar está emprestado tem mais de ano a um dos HiPPOs. Uma review:

https://www.forbes.com/sites/berlinschoolofcreativeleadership/2014/08/31/review-of-collective-genius-the-art-and-practice-of-leading-innovation/#58e872519b24

Organizational Health é um conceito exposto em The Advantage: Why Organizational Health Trumps Everything Else In Business, de Patrick Lencioni. Um livrinho bastante interessante, quem estiver interessado a respeito pode ver esse resuminho:

http://markconner.typepad.com/files/the_advantage.online.pdf 

O colega de Renato Russo era um tal de Geddel. Há uma referência na biografia.

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