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Da Forma Errada (3) – Procustean Bad

Paulo Moreira Franco – Economista do BNDES

“What organized dating sites fail to understand is that the people are far more interesting in what they don’t say about themselves.” (NNT)

Gavin: Is this Windows Vista bad? It’s not iPhone 4 bad, is it? (sighs) Fuck. Don’t tell me this is Zune bad.

Christina: I’m sorry, Gavin. It’s Apple Maps bad. (Silicon Valley – episódio 6, temporada 2)

Vínculo 1279 – Quando você esperava já ter visto tudo na vida, eis que vem esta fabular reestruturação do Banco para atender sabe-se lá que demanda de austeridade imposta por sabe-se lá que bur(r)ocracia de Brasília concebida por sabe-se lá que luminar dentro da manada de HiPPOs reunida em Itaipava. Sim, é assim desse jeito participativo e transparente que nós agora podemos responder com clareza à seguinte missão:

Quantos benedenses são necessários para trocar uma lâmpada?

No mínimo 4. 1 gerente e 3 técnicos.

Depois que nos foi demandado, no findo ano do centenário, ser, revolucionariamente, antifrágeis, é natural que nos anunciem o passo atrás (pelo menos no que tange aos títulos de Taleb): Na Cama com Procusto. Sim, pois se custos cortados deverão ser, nada como seguir este lendário grego, dizem que filho do deus dos Armadores, famoso pelas suas atividades de compliance conduzidas com auxílio de condução coercitiva. Assassinado pelo mesmo criminoso politicamente motivado que viria a exterminar o ordeiro Minotauro (uma criatura da fazenda que habitava os porões do Palácio, demandando devoluções anuais), Procusto sabia que se a prova liberava arruma-se outra cama que não sirva. E ele fazia isso numa época sem PowerPoint! E que cortando aqui, esticando ali, tudo se encaixa.

Qual o propósito de algo tão inesperado, açodado, desesperado, aparentemente desnecessário, quando há não uma, mas duas consultorias em curso, duas!, sobre estratégia e organização? Qual questão de política interna que leva a criação desses chefes que um dia serão sup-rotativos, essa tentativa de cristalizar o controle do futuro do Banco? Alguém realmente acha que, tirando benefícios de curto prazo em termos de prestígio junto a órgãos de controle (e a alguns poucos setores de “opinião pública” que odeiam o Banco – e não deixarão de fazê-lo por isso), esse conjunto de iniciativas trará benefícios à reputação de quem está na diretoria, de que essas são medidas que futuro honrará como um caso bem-sucedido de gestão de uma empresa criativa, feita para durar? Alguém acha que isso trará segurança, confiança e solida-riedade às equipes de trabalho?

Para finalizar, seguindo a sugestão do Presidente, dois aforismas de Taleb para reflexão:

VI 55. Bureaucracy is a construction designed to maximize the distance between a decisionmaker and the risks of the decision.

VI 56. Executive programs allow us to watch people who have never worked lecturing those who have never pondered.

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